quarta-feira, 3 de agosto de 2011

NO REINO DAS BORBOLETAS




À beira de um charco, uma borboleta, pousou sobre um ninho de larvas e falou para as pequeninas larvas, atónitas:
- Não temam! Sou eu, sua irmã de raça!
Venho-lhes comunicar esperança.
Nem sempre permanecerão coladas á erva do pântano!
Tenham calma, fortaleza, paciência!
Esforcem-se por não sucumbir aos golpes da ventania que quando em vez, varre a paisagem.
Esperem! Depois do sono que as aguarda, acordarão com asas de puro arminho, reflectindo o esplendor solar.
Então, não mais se arrastarão, presas ao solo húmido e triste. Adquirirão preciosa visão da vida!
Subirão muito alto e o seu alimento será o néctar das flores. Viajarão deslumbradas, comtemplando o mundo, sob novo prisma! Observarão o sapo que nos persegue, castigado pela serpente que o destrói, e verão a serpente que fascina o sapo, fustigada pelas armas do homem!
Enquanto a mensageira se entregava à ligeira pausa do repouso, ouviam-se exclamações admirativas:
- Ah! Não posso crer no que vejo!
- Que misteriosa e bela criatura!
- Será uma fada milagrosa?
- Nada possui de comum connosco.
Irradiando o aroma do jardim em que se demorava, a linda visitante continuou:
- Não se confiem à incredulidade! Não sou uma fada celeste!
- Minhas asas são parte integrante da nova forma que a natureza nos reserva. Ontem vivia com vocês, amanhã viverão comigo! Se equilibrarão no imenso espaço, desferindo voos sublimes à plena Luz! Libertadas do chavascal, se elevarão, felizes!
- Conhecerão a beleza das copas floridas e o saboroso licor das pétalas perfumadas, a delícia da altura e a largueza do firmamento!
Logo após, laçando um carinhoso olhar á família alvoraçada, distendeu o corpo colorido e voltando graciosa, desapareceu.
Entretanto chega ao ninho a lagarta mais velha do grupo, que andava ausente e, ouvindo as entusiásticas referências das companheiras mais jovens, ordenou irritada:
- Calem-se e escutem! Tudo isso é insensatez, mentiras, divagações. Fujamos aos sonhos e aos desvarios. Nunca teremos asas. Ninguém deve filosofar. Somos lagartas, nada mais do que lagartas. Sejamos práticas, no imediatismo da própria vida. Esqueçam-se dos pretensos seres alados que não existem. Desçam do delírio da imaginação para as realidades do ventre! Abandonaremos este lugar amanhã. Encontrei a horta que procurávamos… Será nossa propriedade.
Nossa fortuna está no pé de couve que passaremos a habitar. Devoraremos todas as folhas… Precisamos simplesmente comer, porque, depois, será o sono, a morte e o nada… nada mais…
Calaram-se as larvas, desencantadas.
Caiu a noite e, em meio à sombra, a lagarta-chefe adormeceu, sem despertar no outro dia.
Estava completamente imóvel.
As irmãs preocupadas, observavam curiosas o fenómeno e puseram-se na espectativa.
Findo algum tempo, com infinito assombro, repararam que a orgulhosa e descrente orientadora se metamorfoseara numa veludosa mariposa, voajante e leve.

Do Livro “Ideias e Ilustrações”, pelo Espírito Irmão X, Chico Xavier     

Assim é com o HOMEM!!
Na sua grande maioria, não acredita que se irá transformar num Ser Livre, Glorioso e Sublime.
Vive agarrado á sua “Horta”, incrédulo do paraíso que o aguarda.
Mesmo lhes sendo transmitido que a sua VIDA não é só a que conhecem, vai muito mais além… Sempre há alguém que os desmotiva, desencorajando a sonhar, a se conhecer e evoluir…
A Missão que cada um trás na sua caminhada neste plano é essencialmente aprender, aprender, aprender…
A se permitir entrar em consonância com a Universo que se abre para cada um, mostrando a beleza da vida, o que não quer dizer que não haja por vezes dor, mas que é nessa transformação interior que se alcança a subtileza do SER, consentindo que a Luz Divina transmute, cure e actue em conformidade com o plano estipulado, que o Universo presenteia a cada Ser Humano.    

Que a LUZ CRISTICA a todos ajude na sua transformação e ascensão.
Chantal  

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