quarta-feira, 15 de abril de 2015

SEM AUTONOMIA NÃO HÁ MÉRITO - Importante LER e REFLETIR!!!!


Aquele que pretende evoluir de forma sincera, deve em primeira mão abster-se do apoio externo para evoluir. O apoio externo é o apoi...o do amigo, da amiga, do filho, do companheiro, do mestre, do conselheiro, do psicólogo, do terapeuta, entre tantos outros.
 

Quem se apoia no apoio externo revela uma grande infantilidade moral, que é o mesmo que dizer, um grande ego nocivo.
 

Quem se senta e se aninha na bondade externa é na verdade um grande usurpador de Luz. Quem se faz depender da boa vontade externa é com toda a certeza um grande parasita. Má noticia: nenhum deles está em ligação direta com a Luz. Necessitam dos outros para se ligar à Luz, necessitam das ligações diretas dos outros para se alimentarem, para se fortalecerem, para se curarem, para se purificarem. Nenhum deles é autónomo, da mesma forma que nenhuma criança é autónoma. A autonomia para existir necessita de uma adultez, de uma segurança interior, de uma convicção, de uma resistência e até resiliência.

Estas crianças espirituais de egos e orgulho inflamados, não devem fazer de todo o adulto espiritual que encontrem, seu pai ou mãe. Devem tornar-se humildes sobre o seu orgulho e fazer do Altíssimo seu Pai Supremo, pois n'Ele encontrarão a luz, a sabedoria, o apoio, o amor de que necessitam para viver e aí viver no exemplo d'Ele. Mas raramente isto sucede pois crianças espirituais orgulhosas não querem ter de 'subir' ou fazer qualquer tipo de esforço para conseguir atingir o Pai.
 

O seu orgulho gera grandes quantidades de dor e de sofrimento por estar a ser contrariado na sua liberdade-libertinada e no seu intimo chegam mesmo a acreditar que o outro que já conseguiu chegar ao Pai, que já é adulto espiritualmente, que já está minimamente salvo tem a OBRIGAÇÃO de alimentar os outros, de os salvar, de os curar, de os elevar ao Pai. Que orgulho! Que ego! Que infantilidade!

São estas crianças que exigem que aqueles a quem elas designaram como seus pais, não o sendo, as tratem como se na verdade fossem seus filhos. E o que sucede quando o pai ou a mãe tudo fazem para facilitar a vida a um filho?
 

Este nunca se desenvolverá, nunca tomará contato com a realidade da vida, com a importância do desafio, da dificuldade, da solidão e do mal estar como impulsionador para o crescimento. Este nunca se individualizará e nunca será adulto. Um pai ou mãe verdadeiros quererão algum dia isto para o seu filho?
 

E os adultos espirituais, quererão isto para as crianças espirituais?

Não sabem eles que foi na solidão, no abandono, na dor real, no desapontamento, do esgotar de todas as possibilidades, no abismo da morte, na loucura, no fundo do poço que tomaram a decisão que mudaria as suas vidas?
 

Nada aqui na terra se consegue sem esforço, sem vontade, sem perseverança, sem transcendência, sem garra, sem foco ou determinação!

Mas estas crianças, que um dia serão adultos, não sabem isso. Querem antes atirar-se para a moleza, para o facilitismo, para o relaxamento, para a hipnose desresponsabilizante, para o belo, para o suave, para o fofinho, para o simples, para o superficial, para o nada. Mexem em tudo o que brilha e sujam-se. Sujam-se muito e adoecem. Adoecem e morrem. Estas crianças nunca compreendem nem aplicam os avisos dos adultos ou se os aplicam não os integraram ainda.
 

Não querem ter contato consigo mesmos, com a sua escuridão e ignorância e por isso recusam a tornar-se conscientes de si e do peso que trazem em cima. Acham-se puros, maravilhosos, limpos, sereníssimos, amorosos. Acham-se justos e retos, importantes e válidos. Recusam abrir os olhos, mas procuram quem veja por eles e lá no íntimo anseiam que quem vê também possa ter compaixão para os levar às costas. 

Pedincham e estouram o limite dos outros, não sabem o que é respeito. E se levam um Não, no astral atiram-se para o chão, chorando e gritando, não desistindo até que o adulto pegue nelas ao colo e as faça calar-se. De que forma? Dando-lhes o que pretendem. Aqui inicia-se o ciclo interminável da manipulação aqueles que vêm para ajudar. E aqueles que vieram ajudar a trazer na Palavra e a Lei passam a alimentar o orgulho destas crianças escravocratas e se tornam também crianças, esquecendo e alienando-se de todo o contato com o Divino. Os que vieram servir Deus passam a servir as criaturas, não a subir mas a mantê-las na terra com as suas fantasias, ilusões, histórinhas e baboseiras.

'Recusam abrir os olhos, mas procuram quem veja por eles e lá no íntimo anseiam que quem vê também possa ter compaixão para os levar às costas.'
 

E há adultos espirituais que vêem e que têm compaixão destas crianças. E há adultos que são benevolentes, que são demasiado bons e se perdem nas malhas das crianças orgulhosas. E há a compaixão que leva à exaustão, à doença, à perda do Self, da Alma e à desconexão profunda com Deus.
 

Há algo que se chama "Fadiga por Compaixão" entre os terapeutas, médicos, enfermeiros, psicólogos e muita literatura cientifica foi escrita sobre isso, que não é nem mais nem menos do que o lixo mental, emocional, espiritual que levam estes pobres bons samaritanos ás próprias costas daqueles que não querendo fazer nada procuram um lugar vago para deixar o seu entulho. Então deixam o entulho, a família, o passado, os fantasmas, os egos, e a si mesmos. Deixam-se, sentam-se, recostam-se e deliciam-se na luzinha!

O que falta a estes adultos compassivos que só falam de amor e de paz?
 

Falta-lhes disciplina, falta-lhes uma espada espiritual na mão, falta-lhes a verdade que corta o orgulho dos outros, falta-lhes o rigor, falta-lhes tudo aquilo que ainda não têm. Falta-lhes a seriedade e a voz grave que as crianças não gostam, mas que devem aprender a lidar para se tornarem adultos. Falta-lhes a decisão ao fundo da alma, a decisão na cara dos outros, a ação diretiva e genuína de quem serve não em baixo mas a cima. Falta-lhes a Frontalidade sem desvio, sem desatenção, se distração.

Que ninguém pense que com ajuda pode evoluir mais rápido e melhor!
 

Não é assim que sucede. A ajuda que pode ter não é na evolução, mas na aprendizagem de fundamentos, de conhecimento, de elucidação.
 

Tudo isto pode eventualmente ajudar a alicerçar a evolução que quiser fazer, mas isto não é a evolução, não é consciência nem é despertar.
 

Isto é aprendizagem de fundamentos, de conhecimento, de sabedoria geral.
 

Evolução, Consciência e Despertar são 'lugares' muito internos e não se conseguem em nenhum lado da terra, nem com ajuda de nenhuma mão terrena.

Ao orgulhoso, ao egóico posso dizer:
 

Se sozinho não consegues evoluir, com ajuda muito menos. Porque motivo?
 

Porque irás inevitavelmente apegar-te, desresponsabilizar-te, irás aparentemente sentir-te melhor porque o ajudante te alimenta, te purifica, te carrega as malas, mas assim que o ajudante se vai (se conseguir), tu cairás por terra e pensarás piorar. Não! O que surgiu foi um alívio ilusório, uma ascensão ilusória. Ilusória para ti, orgulhoso, que não queres evoluir por ti mesmo e por isso fazes-te carregar.

Se sozinho não consegues, com ajuda muito menos!
 

Porque todos os Santos se fizeram Santos na solidão, na dependência de si mesmos, no olhar ininterrupto para cima, para Deus, na transcendência de todos os vícios, dores, duvidas e amarguras. E neste vale de sofrimento, ainda assim tiveram tempo para estender a mão a pobres, a doentes, a viciados.
 

Se queres evoluir e se é sincera a tua decisão, deves ser tu mesmo responsável por isso, autonomamente, no silêncio, na solidão, na intimidade do teu peito e ninguém mais. Caso contrário mérito nenhum te servirá.

Com Amor,
a irmã, Íris Light.