quarta-feira, 8 de março de 2017

REI SOLAR

Ele foi anunciado, por séculos, pelos profetas de Israel.

Foi aguardado como o Libertador, o Messias, o Ungido do Senhor.

Mensageiros celestes testificaram, em outros escritos, que Ele é o único ser perfeito que a Terra já conheceu.

Ele é o Mestre, o Cristo. Governador planetário, veio ter com os homens, tomando um corpo de carne e vivendo entre nós, por quase trinta e três anos.

Filho de um carpinteiro, exemplificou a lição da humildade, permitindo que Seu pai lhe oferecesse os primeiros versículos da Torá, conforme a tradição judaica.

Também se permitiu o aprendizado da experiência paterna no trato com a madeira, tornando-se carpinteiro como aquele.

As mãos que haviam moldado as formas terrestres na cooperação divina da criação do nosso planeta, se aplicaram a moldar a madeira, dando-lhe as mais variadas formas e empregos.

Exemplificando a lei do trabalho, teve oportunidade de dizer que o Pai Celeste trabalha incessantemente e Ele, o Rei Solar, igualmente trabalha.

Afirmando a necessidade da alteração de velhos códigos penais, ofereceu à adúltera a chance de reformular a própria vida, recomeçando, sem tornar a incidir no mesmo erro.

Isso, substituindo a velha fórmula da morte pela lapidação, ratificando a lição profética de que o Pai não deseja a morte do pecador, senão que ele se converta e viva.

Buscou a equivocada de Sicar, na Samaria, e à beira do poço, lhe ofereceu o conhecimento da água viva, de que Ele dispunha.

Apresentando-se como Mestre e oferecendo-se como exemplo a ser seguido, Jesus honrou o lar dos que lhe concediam a dádiva da amizade.

Esteve em casa de Pedro, em Cafarnaum, tanto quanto na chácara de Betânia, lar dos irmãos Maria, Marta e Lázaro.

E, afirmando a excelência desse sentimento, diria que o amigo dá a sua pela vida do amigo.

Ao ser preso, no Jardim das Oliveiras, ante a tentativa dos soldados de aprisionarem também os que estavam com Ele, adverte:

Deixai-os. É a mim que quereis.

Mestre da alegria, iniciou o Seu messianato em um festim que comemorava as bodas de um jovem casal.

E o concluiu com a comemoração da páscoa judaica, na alegre rememoração da libertação de um povo, exaltando a glória de Yaweh, em hinos de louvor.

Buscou os excluídos e os convidou para O seguirem. Por isso, em Jericó, se hospeda em casa de Zaqueu, o publicano e resgata a equivocada de Magdala, em nome do amor.

Rumando para o sacrifício, deixando-se levar como um indefeso cordeiro, ofertou a lição da coragem, da fortaleza moral.

Manteve-se lúcido até o fim, dizendo-nos como suporta com dignidade as dores aquele que se entrega ao Supremo Pai.

Rogou perdão a todos os que, enceguecidos pelo orgulho ou aprisionados na própria maldade, participaram do nefando ato da Sua prisão, condenação e morte.

Amor não amado, partiu legando-nos a esperança de que iria à frente para nos preparar o lugar, na Casa do Pai, onde há muitas moradas.

Desde então, contemplamos as estrelas, sonhando com os mundos que nos esperam e nos indagamos, vez ou outra:

Em que mundo, Senhor Jesus, nos aguardas?


Redação do Momento Espírita, com citação do
livro bíblico
Ezequiel
, cap. 18, versículo 23.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 31, ed. FEP.