domingo, 4 de junho de 2017

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV


"Que relações existem entre a serpente e a pomba? Elas representam os dois aspetos opostos da mesma energia: a energia sexual. A pomba é precisamente a serpente sublimada. Ela ensina-nos que tudo o que rasteja no solo pode, um dia, tornar-se capaz de se lançar nos ares e voar.
A serpente representa a força sexual primitiva, e ela é muito manhosa! Como está escrito no Génesis: «A serpente era o mais manhoso de todos os animais dos campos que Deus fizera.» É impossível enumerar todos os meios a que os humanos podem recorrer para escapar à serpente, mas ela apresenta e arranja as coisas de tal forma que, na maior parte das vezes, acaba por triunfar. Alguém diz: «Eu não sucumbirei à tentação, resistirei...» Mas, como não previu a cilada que a serpente é capaz de preparar, no momento em que não está à espera, deixa-se apanhar. E continuará a deixar-se apanhar até conseguir transformar nele a serpente em pomba, isto é, transformar o amor humano num amor divino, que o arrancará à terra e o fará conhecer a liberdade dos espaços infinitos."

"Encontramos pessoas que, embora afirmem que são ateias, invejam aquelas que têm fé. Mas não vão mais longe, fazem como se ter ou não ter fé fosse algo que não depende absolutamente nada delas, como se a fé fosse um dom que se recebe ou não da Natureza. E é nisso que se enganam: na realidade, a fé é a cristalização de um saber do passado, fundamenta-se numa experiência do mundo divino feita outrora, uma experiência que deixou em cada ser registos indeléveis e que lhe cabe a ele vivificar.
É por sentirem nelas, de um modo confuso, a presença de tais registos, que certas pessoas lamentam não ter fé; elas sentem que lhes falta algo essencial. Mas, se não fizerem nada para a reencontrar, sofrerão ainda durante muito tempo por essa falta, e cada vez mais. A fé resulta de um trabalho. Por isso, não se deve imaginar que, se não se fizer nada, se pode encontrar a fé assim, de repente, pela ação de uma graça divina imprevisível. É impossível: mesmo para ter fé e para a manter, é preciso trabalhar."

"Não é tanto no plano físico que é preciso tentar resolver as situações, pois o plano físico é o mundo das consequências, e sobre as consequências nós temos pouco poder. Para produzirmos mudanças duradouras, é preciso elevarmo-nos pelo pensamento até ao mundo das causas, pois só aí é que temos todos os meios para contactar e desencadear forças benéficas que, mais cedo ou mais tarde, produzirão resultados. Mas a maioria dos humanos ignora isso; eles limitam-se a intervir no plano físico e depois ficam admirados com o facto de as mudanças que conseguiram introduzir não serem duradouras: surgem acontecimentos ou pessoas que, sem lhes pedirem opinião, reorganizam as coisas à sua maneira. Portanto, eles nunca são senhores da situação.
E a mesma lei é válida para o próprio indivíduo. Se quereis, por exemplo, mudar os vossos maus hábitos, não vos atireis a eles diretamente. Esforçai-vos por elevar-vos pelo pensamento até ao plano causal, pois é lá de cima, tendo-vos ligado ao mundo da sabedoria, do amor e da verdade, que podereis desencadear forças que terão repercussões no vosso comportamento."

"Nos Livros Sagrados, é dito que as almas dos justos exalam perfumes que fazem as delícias do Senhor e das entidades celestes. E é uma realidade: a alma de um justo exala um perfume e esse perfume atrai os anjos, atrai o Espírito Santo. O Espírito Santo só desce numa alma cujo perfume pode respirar.
Por isso, é muito importante para nós conseguirmos, com o nosso trabalho espiritual, melhorar a qualidade dos perfumes, isto é, das emanações dos nossos corpos psíquicos, não tanto para atrair os humanos, mas para atrair os amigos do mundo invisível. Por que não havemos de oferecer-lhes essa alegria? Vós dizeis que queimais incenso… Isso está bem, mas não é suficiente: se quereis atrair os anjos, deveis aprender a também exalar perfumes interiormente, os perfumes da pureza, da santidade."

"Para descobrirmos a presença de Deus em nós, o melhor exercício que podemos fazer é procurarmos identificar-nos com Ele. Mas identificarmo-nos com o Senhor não é imaginarmos que conseguimos elevar-nos até Ele e que, lá em cima, podemos declarar-nos omniscientes e omnipotentes. Aqueles que fazem este exercício de identificação devem pensar unicamente que se deixam invadir pela imensidão de Deus, que se apagam face a essa imensidão e se fundem nela.
Relativamente aos homens, muitas vezes é necessário ser afirmativo, resistir e até opor-se para não desaparecer. Mas, perante Deus, é apagando-se, sendo humildes, que as pessoas se afirmam e crescem. Neste domínio também age a lei da polarização: o grande e o pequeno atraem-se. Deus, que é infinitamente grande, ama o infinitamente pequeno. Se vos tornardes pequenos, Deus atrair-vos-á a Ele. É a humildade que nos permite fundirmo-nos verdadeiramente com Ele. "

"Mesmo que se queixem disso, os humanos aceitam viver na agitação e de um modo febril. E, para alguns, são essas tensões e essas trepidações constantes que representam a verdadeira vida. Eles correm de um lugar do mundo para outro, passam o dia inteiro agarrados ao telefone, tratam ao mesmo tempo de uma quantidade de assuntos, e acham que assim é que estão ativos e são criadores. Ora, é no silêncio que se manifesta a verdadeira atividade, é no silêncio que se realizam as maiores obras, as criações imortais.
De vez em quando, pensai em parar um pouco: esforçai-vos por sentir a vida intensa que jorra do centro dessa ausência de barulho e dessa imobilidade aparente. O silêncio é o lugar da plenitude e do movimento perfeito. Deveis tomar consciência disto, e encontrareis em vós mesmos esta qualidade de silêncio de onde jorrarão as vossas mais belas criações espirituais."

"O amor dos humanos é muitas vezes comparável a um fogão de sala cujo fumo está sempre a enegrecer o seu ser interior. Durante o inverno, quando esse fogão está a funcionar, as janelas estão fechadas, há falta de ar, as pessoas ficam entorpecidas e a vitalidade diminui. Mas quando, com a primavera, chega o Sol do amor espiritual, abre-se completamente as janelas, o ar puro entra e, finalmente, revive-se!
Que lição se deve tirar destas imagens? Que deveis manter-vos distantes do vosso fogão de sala, isto é, das vossas paixões, dos vossos instintos, das vossas cobiças, pois eles mantêm fechadas as janelas da vossa alma, impedem o ar de entrar, opõem-se àquilo que é mais vivo em vós. E não temais que uma vida regulada pela medida certa e pela razão vos faça morrer de aborrecimento. Quando o Sol da sabedoria e do amor divinos começar a aflorar-vos, vós mesmos constatareis que essas experiências passionais, que antes eram tão importantes para vós, já não passam de um pouco de cinza. A vossa morada interior tornar-se-á luminosa e pura e vós conhecereis a verdadeira alegria."

"Alguns psicólogos, para justificarem a desobediência e a grosseria das crianças e dos adolescentes, defendem que, por eles serem muito mais inteligentes e dotados do que os pais, é normal que lhes façam frente. De facto, existem crianças excecionais, mas são casos muito raros, e não é verdade que a maioria das crianças são génios que têm razão ao revoltarem-se contra pais que são medíocres. Não!
Antes de mais, é preciso saber que, se uma criança nasceu nesta ou naquela família, é porque há uma razão para isso, pois nada acontece por acaso, os Senhores dos Destinos agem com sabedoria e justiça. E, quando a criança já está na situação, é tarde para pôr essa situação em causa. Ela encarnou naquela família ou porque o mereceu, ou para ali fazer um estágio especial, e esse estágio consiste, desde logo, em aceitar os seus pais. Depois, ver-se-á... A partir do momento em que pertence a essa família, ela deve fazer tudo para viver em harmonia com ela. Quando tiver dado provas da sua verdadeira superioridade, poderá fazer o que quiser, mas antes, não."

"A tendência natural dos humanos é proverem as suas necessidades e resolverem os seus problemas sem terem em conta os outros, e mesmo em detrimento dos outros, se isso lhes convier. Pois bem, são cálculos muito mal feitos. Eu dir-vos-ei que, tendo em conta o vosso próprio interesse, deveis decidir-vos a já não trabalhar só para vós mesmos, mas antes para a coletividade. Sim, e isto no vosso interesse, porque sois uma parte dessa coletividade.
Quando a coletividade melhora e progride, vós beneficiais com essas melhorias. Ganhais com isso, porque colocastes o vosso capital num banco que se chama “família humana”, “fraternidade universal”, da qual sois membro. Quando trabalhais só para vós mesmos, para satisfazer o interesse do vosso eu limitado, nada de bom podereis obter dessa atividade. Vós direis: «Poderei sim, porque trabalhei para mim.» Não, porque o vosso eu separado, egoísta, é um poço sem fundo, sempre insatisfeito, e, ao trabalhar para ele, atirastes tudo para esse poço. Deveis, pois, deslocar o objetivo do vosso trabalho e colocá-lo muito alto, num ideal de universalidade."

"Podemos encontrar na nossa vida psíquica o equivalente à metamorfose da lagarta em borboleta. Durante um certo período da sua existência (e isso pode durar séculos!), o ser humano é como a lagarta, que tem necessidade de comer folhas, isto é, de satisfazer os seus apetites à custa dos outros e, assim, ele suja-os, fá-los em pedaços. Mas, um dia, ele fica com vergonha do seu comportamento e decide melhorar; então, começa a entrar em si mesmo, a orar, a meditar, preparando assim um casulo para proteger o seu trabalho interior. Até que, desse casulo, sai uma borboleta que voa no ar.
 Vós direis: «Mas que casulo é esse que nós devemos preparar?» É a aura. O discípulo que toma consciência do poder da aura, que trabalha sobre a sua aura, já não “come” os seres; ele é como a borboleta, que já não come as folhas e voa, ligeira, de flor em flor para se alimentar com o seu néctar. A diferença entre um homem vulgar e um Iniciado pode resumir-se em poucas palavras: a maneira de se alimentar.  "
 
"A língua é um instrumento precioso, mas não foi dada ao homem para os usos que, na maior parte das situações, ele lhe dá: enfraquecer ou aniquilar os outros. A sua verdadeira vocação é a de levantar aquele que caiu, de esclarecer, de encorajar, de guiar quem procura a sua via. Algumas pessoas estão privadas do uso da palavra nesta vida e pode acontecer que essa doença lhes tenha sido infligida como punição pelo mal que elas fizeram numa vida anterior, em que maldisseram, caluniaram ou acusaram falsamente outras pessoas. A língua só foi dada aos humanos para abençoarem, agradecerem e comunicarem com sabedoria, justiça e amor. Aqueles que ignoram o valor desta riqueza que possuem perdê-la-ão um dia, de uma forma ou de outra.
A língua é responsável por muitos acontecimentos, felizes ou infelizes, da existência; é ela que nos faz perder ou ganhar amigos. Fazei, então, por mostrar que sois sábios, bons, honestos, controlando a vossa língua e encontrando sempre uma palavra benfazeja para cada um."

"No livro do Génesis, está escrito que Adão e Eva, depois de desobedecerem a Deus, foram expulsos do Paraíso. Mas isto não passa de um relato simbólico destinado a explicar a descida do ser humano à matéria. Na realidade, esta descida não foi um erro nem um acidente, estava prevista pela Inteligência Cósmica. Porquê? Porque, para chegar a um conhecimento mais completo, o ser humano precisava de desenvolver as suas capacidades intelectuais. Para as desenvolver, tinha de se empenhar na exploração da matéria e, portanto, ser colocado em condições em que a sua perceção do mundo espiritual ficaria momentaneamente enfraquecida.
Os humanos ainda estão nessa etapa do seu desenvolvimento: em pleno materialismo. Mas ela não é definitiva. Quando esta experiência terminar, eles regressarão às regiões da alma e do espírito que deixaram e, graças a todas as experiências feitas na matéria por intermédio do intelecto, voltarão a elas enriquecidos. "

"Ao deixar esta terra, o homem não tem de abandonar unicamente os seus bens materiais; tudo o que, nos domínios da inteligência e da sensibilidade, lhe vem de outras pessoas, de livros, de obras de arte, também se apaga, exceto se ele verificou, experimentou e viveu profundamente tudo isso. Se não for o caso, quando ele voltar, na encarnação seguinte, terá de reaprender tudo, com muitas dificuldades. Mesmo o facto de alguém poder falar ou escrever sobre todo o tipo de assuntos não prova que ele os conhece verdadeiramente e talvez tenha de reaprender tudo desde o começo, como se fosse novo para ele.
Eis um dos exemplos mais evidentes: as pessoas casam-se e têm filhos, mas muitas revelam-se tão pouco capacitadas para desempenhar esse papel, ficam tão perdidas como se o vivessem pela primeira vez. No entanto, quantas vezes elas não passaram já por essa experiência nas suas encarnações anteriores! Mas, como nunca procuraram realmente aprofundar o seu papel e as suas responsabilidades de marido, de esposa, de pais, é algo inteiramente novo para elas e cometem erros, sofrem... Deve-se, pois, levar a sério cada papel, cada atividade, para que, numa próxima encarnação, não se esteja de novo tão desprovido de capacidades. "

"O Mestre Peter Deunov dava a seguinte regra: «Põe a bondade como base da tua vida, a justiça como medida, a sabedoria como limite, o amor como deleite e a verdade como luz.» Se aprofundarmos esta regra, veremos que ela é extremamente instrutiva.
A bondade é a única base sólida em que um edifício pode assentar. Mesmo que esse edifício seja belo e inteligente, desmoronar-se-á se não tiver como suporte a bondade, a benevolência que se é capaz de manifestar em relação a todos os seres.
A justiça é uma qualidade que dá a noção de medida certa. Ser justo, como indica o símbolo da balança, é saber preservar sempre o equilíbrio: nunca pôr pesos só num dos pratos, mas estar atento para acrescentar um pouco de um lado, tirar um pouco do outro…
A sabedoria é um limite, isto é, uma fronteira graças à qual nós podemos proteger-nos dos inimigos exteriores e interiores que nos ameaçam.
O amor dá-nos o gosto pelas coisas. Mesmo que tenhamos a riqueza, o saber, a glória, a vida parece-nos tão insípida sem amor!
A verdade é a luz que ilumina a nossa estrada: graças a ela, avançamos sem risco de nos perdermos ou de cairmos."

"Quanto mais um ser se torna sensível, mais se expõe a sofrer por tudo o que vê e ouve à sua volta. Mas deve ele tornar-se insensível para não sofrer? Não. Se o fizesse, tornar-se-ia rapidamente tão duro como uma pedra. Não se deve ter medo de sofrer, e este é mesmo um domínio em que o sofrimento não deve ser muito tido em consideração. Mesmo que isso implique sofrer, é preferível aumentar a sua sensibilidade, pois é o grau de sensibilidade de um ser humano que determina a sua grandeza, a sua elevação. Ele deve, simplesmente, evitar confundir sensibilidade com pieguice.
Para a ciência espiritual, ser sensível é ser capaz de se abrir cada vez mais ao esplendor e às riquezas do Céu, de captar as maravilhas do mundo divino, ao ponto de já não sentir a estupidez, a vulgaridade e a maldade dos humanos. Os grandes Mestres e, acima deles, os Anjos e os Arcanjos, não sofrem com a fealdade, pois não a veem. Eles só veem a beleza e vivem continuamente em alegria."

"Jesus dizia: «O meu Pai trabalha e eu trabalho com Ele.» Mas quem, mesmo entre os Iniciados, pode pronunciar semelhante frase? Quem sabe mesmo o que significa, verdadeiramente, trabalhar? Tudo o que a maioria dos humanos pode dizer é: «Eu faço uns trabalhitos... Esforço-me... Dou cabo da cabeça... Faço tentativas mal sucedidas». Ora, trabalhar é algo absolutamente diferente. É por isso que, desde há dois mil anos, ainda não se apreendeu o que há de profundo nesta frase: «O meu Pai trabalha e eu trabalho com Ele.»; ela não tem tido utilidade, permaneceu vazia de sentido. Será que as pessoas, simplesmente, se interrogaram sobre o que é esse trabalho de Deus, como é que Ele trabalha, e como é que Jesus se associou a esse trabalho?
O trabalho do Cristo é purificar tudo, harmonizar tudo, iluminar tudo e fazer convergir tudo para a Fonte Divina, que, em retorno, verte as suas correntes de vida sobre toda a Terra. Só é digno de dizer «eu trabalho» quem conseguiu elevar-se até ao Espírito Divino para se impregnar da sua quintessência e fazer com que todas as criaturas beneficiem dela."

"Quando olhais o Sol, o centro do nosso sistema solar, procurai contactar com o vosso próprio centro, o vosso espírito, que é omnipotência, sabedoria perfeita, omnisciência, amor universal, e aproximai-vos dele em cada dia. Enquanto permanecerdes separados do centro, sereis sempre atirados de um lado para o outro como uma bola, estareis à mercê dos ventos e das tempestades que sopram no mundo.
Dir-me-eis, evidentemente, que as tarefas da vida quotidiana vos obrigam a deixar o centro para prosseguirdes as vossas atividades na periferia. Mas se, de facto, tiverdes de afastar-vos do centro de vez em quando, isso não vos obriga a cortar a ligação com ele. Pelo contrário, quanto mais atividades tendes no mundo (a periferia), mais deveis reforçar a ligação com o espírito, pois é deste centro que recebeis a energia, a luz e a paz que vos permitem levar a bom porto todos os vossos empreendimentos. E o Sol ajuda-vos a manter a ligação com o centro em vós."

"Muitas pessoas que não têm sabedoria nem experiência imaginam que podem assumir grandes responsabilidades e fazer-se passar por autoridades! E, quando não são bem-sucedidas, consideram-se vítimas: os outros não souberam apreciá-las, compreendê-las e apoiá-las no seu propósito. É a pior das atitudes.
Aqueles que se apercebem dos seus insucessos devem compreender que ainda não estão prontos para realizar as suas ambições. Mesmo que tenham conhecimentos e vontade, isso não chega. Nas circunstâncias em que deveriam ter manifestado compreensão, atenção, talvez se tenham mostrado fechados, duros, obtusos. Quando deveriam ter agido com diplomacia, com autodomínio, talvez tenham sido desajeitados, impacientes. Portanto, ao invés de considerarem toda a gente responsável pelos seus insucessos, devem ser um pouco mais humildes e aceitar ir à escola. É a partir desse momento que o sucesso e os bons resultados se tornarão possíveis para eles."

"Quantas vezes pudestes constatar, na vossa vida quotidiana, que vos falta a paciência! E essa falta de paciência prejudica a manifestação de todas as vossas qualidades. Esforçai-vos, pois, todos os dias, por conquistar um pouco mais de capacidade para suportar. Ao invés de reagirdes imediatamente às palavras, aos acontecimentos, começai por fazer silêncio em vós e respirai profundamente, para convocardes todas as forças da paz, da harmonia e da luz, que vos ajudarão a encontrar a melhor atitude.
É importante aprender a trabalhar com a respiração! Quando fazeis os exercícios de respiração, de manhã, podeis repetir interiormente a palavra “paciência”, impregnando-vos do seu sentido, das suas vibrações, da sua aura. E, ao pronunciardes esta palavra, acrescentai-lhe uma imagem que aumente o seu poder; assim, essa virtude acabará por impregnar plenamente a vossa consciência."